Bem-vindo à 8ª International Wildland Fire Conference
Subtítulo
Em resposta às severas e generalizadas épocas de incêndios florestais dos anos 80, representantes de entidades governamentais e instituições privadas de todos os continentes, organizaram, em Boston, EUA, a primeira edição da International Wildland Fire Conference - "Meeting Global Wildland Fire Challenges".
Perto da mudança do século, a 2ª conferência foi organizada, em Vancouver, Canadá, dedicada ao "Wildland Fire and Sustainable Development", contou com a presença de participantes de 38 países. Desde então, a cada 4 anos, uma comunidade em crescimento reúne-se, num continente diferente, para aprenderem e partilharem conhecimentos, uns com os outros, no âmbito da gestão integrada do fogo.
As conferências anteriores ajudaram organizações e profissionais, de mais de 70 países, a desenvolver um léxico comum sobre incêndios, doutrinas, manuais de formação, técnicas e normas operacionais. Destacámo-nos na prevenção, deteção e extinção de incêndios florestais, dominando um portfólio de soluções tecnológicas.
Ao longo do tempo, os sistemas políticos e físicos, dos quais fazemos parte, lidaram principalmente com as consequências (suprimindo o fogo), em vez de abordar as causas raiz (a atividade humana e como ela utiliza a terra). O reforço da supressão, sem investir na gestão de combustíveis, é uma solução rápida que agrava o problema para um nível mais elevado. Esta armadilha de combate, a incêndios ou Fire Paradox, num ambiente cada vez mais quente e seco, expõe diferentes biotas e comunidades a incêndios: graves, florestais, de arbustos, em paisagens/vegetações e em áreas rurais, conforme são denominados de norte a sul, de oeste a leste.
Perto da mudança do século, a 2ª conferência foi organizada, em Vancouver, Canadá, dedicada ao "Wildland Fire and Sustainable Development", contou com a presença de participantes de 38 países. Desde então, a cada 4 anos, uma comunidade em crescimento reúne-se, num continente diferente, para aprenderem e partilharem conhecimentos, uns com os outros, no âmbito da gestão integrada do fogo.
As conferências anteriores ajudaram organizações e profissionais, de mais de 70 países, a desenvolver um léxico comum sobre incêndios, doutrinas, manuais de formação, técnicas e normas operacionais. Destacámo-nos na prevenção, deteção e extinção de incêndios florestais, dominando um portfólio de soluções tecnológicas.
Ao longo do tempo, os sistemas políticos e físicos, dos quais fazemos parte, lidaram principalmente com as consequências (suprimindo o fogo), em vez de abordar as causas raiz (a atividade humana e como ela utiliza a terra). O reforço da supressão, sem investir na gestão de combustíveis, é uma solução rápida que agrava o problema para um nível mais elevado. Esta armadilha de combate, a incêndios ou Fire Paradox, num ambiente cada vez mais quente e seco, expõe diferentes biotas e comunidades a incêndios: graves, florestais, de arbustos, em paisagens/vegetações e em áreas rurais, conforme são denominados de norte a sul, de oeste a leste.
Na última década, incêndios extremos destruíram vidas, edifícios e habitats naturais, desafiando e confundindo políticos, lideranças institucionais e profissionais. Em 2017, os incêndios florestais desafiaram tragicamente a sociedade portuguesa. Desde então, todos os nossos esforços convergiram para a gestão integrada do fogo, que já não é mais um nicho ou um assunto apenas para alguns bombeiros florestais ou planejadores de paisagem. Pode acompanhar os nossos sucessos e oportunidades futuras em www.agif.pt
Trata-se de chegar a outras comunidades de prática, setores económicos, populações locais e indígenas. À medida que a gestão do fogo se torna uma questão socio-ecológica complexa, exigem-se instituições sólidas, procedimentos transparentes e responsáveis, e uma comunicação permanente com os principais interessados. Exige-se, também, um orçamento equilibrado entre o tratamento e a supressão de combustíveis, num conjunto de políticas coesas. Isto significa desmantelar uma cultura de silos, promover o diálogo interdepartamental e evitar consequências indesejadas de políticas públicas transversais (agricultura, florestas, energia, desenvolvimento, ambiente, fiscalidade e outras). Em Portugal, estamos, também, à procurar de envolver diferentes públicos, geografias e níveis de autoridade, e fazer com que os seus compromissos prevaleçam no tempo.
Dando seguimento às recomendações da 7ª International Wildland Fire Conference, cujo Brasil foi anfitrião, em 2019, e que abordou o tema "Facing Fire in a Changing World: Reducing Vulnerability of People and Landscapes by Integrated Fire Management", assim, somos agora desafiados a passar de palavras a ações.
É necessária uma melhor governação dos incêndios florestais para proteger a biodiversidade, promover o sequestro de carbono e garantir que as florestas saudáveis fornecem bens e serviços que não desaparecem com o fumo dos incêndios florestais.
Como Presidente e em nome da Comissão Organizadora 8ª International Wildland Fire Conference, convidamo-lo a vir a Portugal, com os seus conhecimentos, ideias e pensamentos. Convidamo-lo a contribuir com o seu estudo, de caso institucional ou profissional, com o seu trabalho científico ou com o seu sucesso ou insucesso operacional na abordagem da complexidade e da incerteza quando se gere o risco de incêndio florestal. Espera-se que mais de 1200 participantes, provenientes de mais de 80 países, estejam presentes no Porto.
Trabalhámos arduamente para vos receber da melhor forma possível. No Porto, desejamos que tenham uma experiência profissional que vos influencie para toda a vida, através da oportunidade de se encontrarem com milhares de pessoas vindas de todo o mundo. Todos nós partilhamos problemas semelhantes e estamos profundamente empenhados em trabalhar nas soluções.
Será uma honra recebê-lo no Porto, para ouvir sua relevante contribuição em todas as sessões temáticas e nas apresentações orais, e-posters, workshops, discussões e participação no Landscape Fire Governance Framework.
Acreditamos que é uma peça fundamental neste puzzle, que ajudará a sua nação e todas as outras, a estarem melhor preparadas para lidar com os desafios que temos pela frente, e em construir paisagens e sociedades resistentes ao fogo.
TIAGO MARTINS DE OLIVEIRA
Presidente da Comissão Organizadora da 8ª IWFC e Presidente do Conselho de Administração da AGIF
Presidente da Comissão Organizadora da 8ª IWFC e Presidente do Conselho de Administração da AGIF